Era uma vez uma manhã com sol brilhante de inverno, dois burros resolveram sair às compras, se divertiram muito com todo o mecanismo ardente e fervente e frenético do funcionamento da cidade, compraram uma TV, um computador, um maço de 40 kg de capim, um maço de cigarro, um radinho à pilha-que marcava a hora- um mp4 e roupas para o inverno que acabara de chegar(e estacionar-se pela eternidade).Cansados de andar, com fome, resolveram parar e comer alguma coisa, entraram num café, pediram bolo e chocolate quente, conversas, mais conversas, risos e risos pensam em pedir uma cerveja, e depois outras, e muitas outras,,,até que, lá pelas 11 da noite resolveram ir embora para casa, pegaram o ultimo ônibus. chegando em casa.
O burrinho marrom todo alegre com os efeitos alucinógenos da cidade e os efeitos riso-ativos da cerveja, resolve tirar o burrão amarelo para uma dança, tentaram ! mas não sabiam como é que tocava-se em coisas reais, em sentimentos, em movimentos. Preocupados,pois já não era a primeira vez do ocorrido, trataram de ligara para o disk denúncia, tentaram registrar uma queixa do porque o governo estadual não ensinar as burros a dançar, a tocar nos sentimentos, movimentos...(e tantos outros pontos que não são só infinito de 3]três[ ) Porém o burro do atendente disse: senhor, essa informação não podemos lhes fornecer. Indignados com a resposta, o casal de burrinhos (meus amigos) começou a chorar; após observar o trabalho circulatório do relógio embutido no radinho novo, vendo que o tempo sem voz não fazia nada e ficar ali desmaterializando-se, soltando pêlos e lágrimas não adiantaria muita coisa, eles resolvem tentar mais vezes o ato da dança.E não conseguiam, não conseguiam nem tocar nas patas um do outro, era complicado, eles queriam ser livres na dança assim como os astronautas são livres do chão, eles queriam se tocar, mas eram tais como desconhecidos,feito sol e lua, sabe? Os olhares fugiam.Bifurcados. exaustos, como todos os burros, o cansaço vence e eles dormiram.
Inconformados.
Passaram dias e dias ligando pro disk denuncia e enquanto esperavam o atendimento, amplificavam o som que circulava dentro do aparelho telefônico e tentavam, em vão tentavam, insistentemente tentavam.
Tentavam encontrar o toque
]a liberdade[
Um certo dia o burrinho marrom resolveu ir até a sede do governo estadual-PASTO DOS DESPACHOS. Chegando lá, ele tenta falar com a governadora, mas é impedido por burros treinados em academias para a ignorância,e desmaterialização do direito de ir r vir. É, lá eles malham a ignorância, cada vez mais braçuda ela está, treinam o atropelamento do interesses individuais e enforcam as cores. Impedido pelos burros seguranças, ele resolve esperar a governadora sair do Pasto dos despachos, 4hrs depois de ter sentado na calçada fria, a governadora saí, ele saltando voraz ainda consegue uma fala antes dela começar a puxar sua carroça:
aonde estamos? aonde estamos que eu não consigo falar com a senhora, burra governadora? Aonde estamos? Que lugar é esse onde há cavalos ao invés de pássaros? Aonde estamos, os anjos andam colados no negro asfalto e na solidão da vielas onde o cuidado, o bem querer nem se quer querem saber onde ficam? Ou pior, que lugar é esse minha companheira de lida, onde os vidros antes de quebrarem com o pouso de mangas flutuantes fecham corações-olhos-e-mentes para um dos muitos recortes “aromático”-reais mais fedidos desse lugar? Mentes? Minto? Burra, não posso nem dançar, dançar! e olhar nos olhos do meu burrinho? aonde estamos que os sentimentos voam pra longe de nós? aonde está a segurança do sentimento maior, o amor? aonde está tudo? a minha TV está lá em casa, o ICMS baixo deu pra fazer um quarto de não dormir. a minha sala já não é mais de estar. burra! aonde os burrinhos da rua podem dançar? aonde eu não sou vigiado?
Descongela!
observação: ele foi preso e enjaulado, o burrão do delegado, que quer ser promovido a secretario de segurança enquadrou o burrinho marrom.
Quando o burrinho amarelo veio me visitar, ele trouxe um pedaço de nuvem,uma borboleta e um peixe, depois que eu acabei de contar tudinho o que eu havia feito, ele com seu jeito manso feito a nuvem que havia trago, veio nadando contra o ar que nos separava e pousou em meu colo, chorou, chorou, e sumiu.
Cá estou, preso.
Na jaula do esque-cimento
Concreto, e sem o amor que o ar
Rarefeito, levou.
este texto me foi presentiado por um lindo poeta, um romario maravilhoso, um artista , obrigado ROMARIÒ ALVES
ResponderExcluir