sábado, 11 de dezembro de 2010

A verdadeira historia de Elzinha...



Era dia de Cosme e Damião, uma chuva muito forte que deixava a sexta triste e lavava toda sujeira deixada pela molecada atrás de bombons, mais já era tarda da noite, acho ate que de madrugada quando a Diva sentiu romper a bolsa, o que foi uma situação constrangedora, pois ela estava trabalhando, Divina ou Diva para alguns íntimos era mulher da vida e já estava na terceira barrigada e seria a penúltima, naquele momento não existe outra coisa a fazer a não ser mandar o cliente pra casa e chamar Dona Patrícia para fazer o parto.
Vó Patrícia como era chamada pelas meninas que andavam pela casa da Nega, era uma miudinha senhora nascida em Ponta de Pedras, mulher de ferro e mãe da própria Nega, dona do puteiro “BOITE DA NÊGA”, e foi exatamente neste estabelecimento que as 21:21 sob o signo de libra vinha ao mundo elzinha ou Francisco Otaviano silva.
Francisco foi criado pela avó pelo menos até os 09 anos, é claro que toda vez que ele precisou de um abrigo era pra casa da vó Maria a fuga ou o colo.Como Diva, pouco tempo tinha pra ficar com a cria, (ela era muito requisitada, a mais de todas) de forma que era pelo período da tarde, isso entre as 13 e 15 horas, que Divina vivia o momento de mãe, 2 horas pra ser mãe e 22 pra ser mulher, essa era a vida, mais as crianças não deram trabalho, eram uns anjos, sempre foi assim, apenas Cristiano, o filho mais velho, deu mais trabalho, claro, foi o primeiro e a Diva era inexperiente nesse critério feminino, mais rápido deu seu jeito, e assim foi com Micheline, e com Marcio Leandro, esse, o caçula, foi muito mais fácil, e olha que a dona Maria já tinha morrido.
Dona Maria nem parecia mãe de puta, uma santa, enfermeira de mão cheia, nunca estudou tinha o ensinamento da vida. Tratava da profissão da filha como se fosse uma coisa comum, brigava com a Nega o tempo todo, dizia que ela não cuidada direito da filha, toda quinta chegava no puteiro com duas caixas cheia de preservativos e distribuía pra todo mundo, sempre estava por perto, mais proibia o Francisco de olhar pra dentro do puteiro, deixava a criança entender a profissão da mãe sem entender ao certo do que se tratava. Dizia que ele deveria comer na hora certa, daí, decidir repetir ou não. Só que Francisco sempre foi curiosidade pura... No religioso sono da dona Maria na hora do jornal nacional, correu o quilométrico corredor rosa, sem fazer barulho naquele chão de tábua corrida e se escondeu no jardim de dentro da casa, que dava pra janela de um dos quartos, o azul com ventilador, e viu... Nunca mais esqueceu. Foi à primeira vez que Francisco viu qualquer coisa relacionada a sexo. A cena primeira sobre o que seria o sexo pra aquele moleque de oito anos, foi naquela noite. O coração na goela, suor frio, gritando por dentro sem poder gritar, nem correr, parado ali, escutando apenas o bater forte do coração, fitando detalhadamente aquela cena, única, histórica, era forte, brutal, escandaloso, extremamente hipnótico... Era sexo anal... E sua mãe era a protagonista da ação.

O nascimento de Elzinha.


Elzinha perdeu a virgindade com uns 10 anos, ninguém tem certeza com quem, nem ela mesma, uma hora foi com o tio que morava na casa da avó, outra com o vizinho que o pai era piloto da Transbrasil, a verdade é que ela quando pegou o gosto não parou mais, apesar de todo histórico e exemplo, Elzinha não caiu na vida trabalhou desde moleque. Com 13 anos, quando foi tocado pelo consciente e deixou de ser menino pra ser menina, percebeu que já estava amadurecido suficiente para tomar conta da própria vida, então saiu de casa. Correu mundo, deixou de ser Francisco, pra ser Elzinha se fez certo ou errado, não sabemos, hoje é uma diva que já escreveu seu nome na história, não se sabe quantos no mundo são assim ou foram tocados por esse tal de consciente, o que se percebe é que esse evento mudou pra sempre o rumo da história dessa criatura. Aflorou seus talentos.
Era uma quarta feira de cinzas a mangueira já tinha levado o titulo, mais ainda assim comemorávamos, qual quer motivo, seria o melhor, para secar as três grades que estavam à disposição de todos, Gilberto, tio de Elzinha, estava bancando todas, e isso fazia dele o mais inconveniente de todos. O puteiro estava fechado ainda, mais Diva já havia se banhado, estava se enfeitando para trabalhar, perfumando-se, o figurino já estava estendido sobre a cama e deveria ser o mais bonito, mais sexy e romântico ao mesmo tempo, não por eles mais por ela... Era lindo ver a Diva se preparar para o oficio,
Talvez o pequeno Francisco não compreendesse o que de fato todo aquele ritual significasse, mais compreendia o como deveria ser feitos, a importância da concentração, da atenção e principalmente o foco no objetivo, percebeu que a personagem deve ser construída de forma respeitosa e sofisticada, guardou pra sempre isso.
Deixou a mãe se arrumar e foi pra casa, morava perto, eram amigos vizinhos, não existia o perigo, só um chuvisco chato que resolveu cair, ninguém correu, somente o pequeno Francisco num agito sem sentido, somente na felicidade de correr na rua chuviscando, brincando olhou pro céu, avistou um arco-íres, contou as cores, e somou oito.
Como assim oito cores? Olhou novamente. Confirmado! Oito cores. Ele não sabia dizer que cor seria essa outra, não tem como descrever era realmente diferente, mais era um arco-íres de oito cores, não teve dúvidas seguiu a descoberta sem tirar o olho, correu que lagrimou, deixou o olhar tão seguro no céu que o pescoço doía, não mais que a tensão de encontrar o fim do arco-íres, os curtos pingos de chuva lhe segavam parcialmente, o suficiente para não ver as luzes súbitas, quentes e pesadas que veio em sua direção, numa velocidade esmagadora que parou e arremessou o frágil corpinho a 33 m dali, a batida foi tão absurda que a criança foi parar do lado de dentro do puteiro, mais precisamente dentro do quarto da própria nega, o mais curioso do milagre é que ele foi achado vivo, inconsciente, dentro do guarda roupas no meio dos vestidos, sapatos, e calcinhas.
O milagre do garoto foi noticia de jornal por durante três dias seguidos, ficou internado por um mês, não sofreu um arranhão a não ser um corte raso na testa que nem precisou de ponto, ficou sete dias em coma, Naquela noite Francisco teve uma febre muito alta seguida de uma parada cardíaca que o levou para UTI, foi uma madrugada muito agitada no hospital, naquela noite, além dos bêbados vestidos de mulher e dos quebrados de briga um grave acidente rodoviário comovia toda a cidade, os feridos estavam sendo levados para lá, de modo que muita coisa aconteceu naquele final de carnaval. E entre um delírio e outro, numa troca de lençol, já que ele suava muito, Dona Maria deu por falta de um instrumento importantíssimo, o pinto do menino havia sumido.

Um microfone para Elzinha...




Já era fim de tarde, quando Elzinha descansava depois de um dia muito cansativo, já trabalhava pra dona Isaura há dois anos e nunca havia ganhado nada dela, nem quando completou 15 anos, por isso, a surpresa quando dona Isaura e seu Albano bateram no quarto com um embrulho nas mãos, uma caixa, uma surpresa, um presente. Muda e sem graça recebeu e quase chorou de emoção, dona Isaura que era a mais ansiosa, tratou logo de desembrulhar para ver a cara da presenteada e de fato era uma grande surpresa, quem poderia imaginar um presente como aquele para uma pessoa como Elzinha, até seu Albano, onde a sua única participação no presente foi liberar o dinheiro, nem imaginava o que Isaura havia aprontado para a moça, intrigado com o presente e com a cara mais passada que a própria Elzinha, perguntou:
-um microfone, pra quê?
Elzinha chegou na casa de dona Isaura quando tinha 13 pra 14 anos, chegou sozinha e determinada a trabalhar, fosse qual fosse a empreitada, precisava trabalhar para ser uma pessoa normal ou ao menos tentar ser.Dona Isaura logo de cara não gostou da idéia, era muito nova para os afazeres da casa, então, lhe deu um sonoro não.Mais Camila sua única filha acabara de dá a luz a trigêmeas e quando viu o esforço da menina para arrumar um trabalho não teve dúvida, ofereceu a função de baba, mesmo contra a vontade de D. Isaura. Elzinha agora empregada e dona do seu nariz, trabalhando duro em casa de família pra esquecer um pouco da vida dura, agora podem sonhar mesmo sem saber o que o destino poderia lhe ofertar naquela casa e com aquela família, casa essa que passaria boa parte da sua mocidade.
Dona Isaura era uma portuguesa que apesar de governar com mãos de ferro, era à frente da sua época, casada com Dr. Albano Silva há 31 anos, nunca traiu apesar de descobrir nove puladas de cerca do marido, sempre gostou de ser honesta e sempre cobrou isso de todos que moravam de baixo do seu teto, com exceção do Dr. Albano. Elzinha passava a maior parte do seu dia dentro de casa, cuidando das coisas das meninas, pouca via a rua, aliás, isso ela já conhecia muito bem, não seria novidade. Angélica, Mariane e Eliana eram três loirinhas com personalidades fortes, bem distintas como a avó, as três assim como a avó, adoravam disco music, fãs de Donna Sammer tinham o seu lp como obrigatório depois da aula e isso foi por durante um ano quase, fora isso tinha a dr Camila que era louca por mpb e os novos baianos, aos fins de semana era a vez de dona Isaura e seu Albano curtirem as musicas do passado, de modo que Elzinha foi entrando em contato com todo tipo de musica e estilos.
Seu Apolo marido de Camila viajava o mundo todo vendendo canudos para refrigerantes, sempre que chegava num país diferente procurava duas coisas: comidas e musicas típica, ou seja, sempre chegava com novidades, numa época Eliana se apaixonou por musica japonesa, foi quando Elzinha aprendeu as melodias e todos os dias depois da primeira novela, era obrigatório um show para a platéia exigente das trigêmeas, e foi assim por muito tempo. Esse contato com a musica tomou uma dimensão maior quando ela percebeu um dom inexplicável, de repente, do nada, num belo dia como outro qualquer, Elzinha foi limpar o toca disco preparação pra o show da tarde e num ato de distração quebrou a última agulha do aparelho, tudo bem, poderia resolver isso depois, mais o que fazer quando as meninas chegassem da escola, como farão para ouvir Donna Summer e o novo lp de música mexicana que o pai trouxe da última viagem?
Chegaram da escola cansadas mais foram direto pra sala de som. Mais o que fazer? Naquele dia não teriam musica, Elzinha não teve dúvidas, começou a cantar pra desfazer aqueles olhinhos cheios de choro pronto pra cair. Foi quando Elzinha soltou todo seu potencial e cantou a capela todas às musicas do lp, o mais absurdo é que a voz era idêntica, parecia se esta escutando a própria voz de Donna Summer a capela, era incrível, inacreditável como Elzinha catava tão bem e afinada sem ter nunca ter feito aulas de canto.
O dom do canto aliado ao da imitação era perfeito, logo foram em busca das possibilidades da nova artista, então tentaram Baby Consuelo, idêntica, então tentou cantar como Nara leão, ficaram espantados, experimentaram uma musica de uma cantora chinesa, foi absurda a semelhança e articulação da magrela e olha que naquela época não existia nem videocassete a prova de fogo foi Dalva de oliveira, dona Isaura estava na cozinha e conhecia bem aquela diva do rádio tentou entender por que as musicas daquele lp vinham somente com a voz sem melodia, quando chegou na sala e viu o espetáculo ficou estaticamente assombrada com o talento da corajosa, mais não falou nada pra ninguém nem pra própria Elzinha que levou seu dom adiante como se fosse resultado da agulha quebra que engoliu pra fugir do flagrante, anos depois quando conheceu o pequeno Francco que se passou a pensar que poderia ter sido uma conseqüência do seu milagre.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

NOSSA!!!

A quanto tempo não escrevo aqui!!!
A quanto tempo não sei o que é tempo!!
Já tem um tempo que eu disse que nunca mais trabalharia em teatro com mais de uma função , principalmente se eu estiver na cena, não que eu esteja ... mais no puro que é o caos, assumo três funções... não consigo plena mente curtir os três oficios, sempre meus pensamentos atravessam a tudo, fora minha própria vida!!!
Decidimos por adiar nossa estréia , agora estreamos no dia 19 DE AGOSTO... claro pra que fique a nosso gosto!!! e é muito gostoso fazer, muito trabalhoso como nós mesmos somos... cheios de muito ter o que fazer, sobrevivemos pela nossa arte! sobreviver...
Fizemos novos parceiros, novas parcerias, temos um caminho já indicado, temos novidades!!!
temos alegria no que fazemos!!
temos AMOR , amores e amantes...
isso me faz continuar nessa loucura que é fazer teatro!
fazer teatro?
fazer teatro...
TEATRO...
sempre é muito cheio de lições, de música de luz e figurino
preto branco e outras cores, como as primarias primeiro!!!
gosto do suspense, como no nosso filme.
Essa história de controlar o tempo, o ACASO e jogar com ele ao mesmo tempo , compasso , coreografia, geografia...
Nossa! o tempo comanda tanta coisa.. e anda!!!!
Tudo ao ritmo das escolhas, troca o disco!
Tudo é válido porque tudo vale, o valor é altissímo!!!!
O JOGO é muito claro, mesmo guando não faz sentido!!
no sense.. nunca falei tanto essa palavra... ou ouvi!!!
no sense... todos aqueles atistas que estão trancados agora de alguma forma naquele BAR
são personagens no sense da vida real!!
meu Deus!!! VIDA REAL??!! o que eu estou escrevendo?!!!
como se a nossa vida de artista fosse coisa de vida real!!
são todos loucos e estam num momento muito delicado dessa aventura!!!
estam juntando todos os acordes dessePLANO... eu os conheco desde pequenos e até agora não sei quem da lí, PRESTA!!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

como o caos...

hoje estamos num ótimo momento dentro do processo
todos loucos
nossas cenas aparecendo... uma a uma...
um verdadeiro veneno... sonhos
criar junto sempre é bom, é gostoso...
vê los correr , gritar de dor de vontade..
gritar de felicidade... amadurecer
é isso que eu sinto dentro desse grupo ...
um amadurecer,aprendo o tempo todo.descubro coisas, o melhor, juntos!
estamos num momento onde vemos acontecer o que antes era bifurcação...
simples.
Dentro do cotovelo
títulos que abrem olhos... um assassinato
quem falta morrer?
resoluções de todos os seu problemas, seus limites
personagens... personagens!!!
o tempo, na trena medida pra uma historia contar
uma filha?
é tudo muito louco!!
tudo junto, tudo junto...
momento de rabisco .. estruturação... estamos construindo... indo
estamos indo...
companheirismos a parte, cada profissional num rumo da loucura, cura!
adoradores de Pan
barcantes sem medo , de olhos fechados ou não... seguem destemidos
E falo de todos... os nós!!
as peças começam a se juntar, o tangran sim, ainda está!
como disse o guro no sonho daquela louca:
os presentes estão chegando!!!


francco

quarta-feira, 23 de junho de 2010

SEIS MESES AQUI

vou arrumar meu quarto..
minha vida
lavar minhas roupas..
escutar...
preciso me vê novamente, sentir meu real cheiro..
minha vida, minhas cores
vou fazer trinta apoios por dia
abdôminas...
vou correr, vou andar , vou voar mas não ficarei parado
mas primeiro vou arrumar meu quarto pra poder ter forças pra fazer todo resto

6 meses Aqui

sexta-feira, 4 de junho de 2010

meu dia...

Estou muito curioso com o resultado das performances...
sentir todo mundo pulsar...
nem que de medo ou de coragem.
hj ficou muito claro qual nossa proposta frente o roteiro do espetáculo..
fumar ou não fumar...
um novo voo nós aguarda , um novo tudo por que pra mim é muita novidade...
LA PELICULA!!!
coragem entre amigos!!!
medos entre amigos mas... entre amigos.
realmente a fragilidade humana impera!!!
sobre tudo na vida de sandra perlin.
gosta de olhar o mundo de dentro...
gosto das corajosas... deixar que a dor do medo eu sinta só com minha parceira!!!
as roletas da sorte precisam ser giradas...
as cartadas do óraculo google!!!
sua tirada!!
é de fato! a sorte está lançada...
minha amiga ... chegara com quantos ovos ?!!!
quanto ouro será distribuído?
quantas bifurcações esses passados nos alimentarão!!!
falar de felicidade parece fácil mais não é!!!
assim com equilibrar a própria vida... frágil!
limites , saudades, dúvidas ,curiosas filadas na espinha!
o frio na boca do ventre!!!
imagens !!
é nosso processo está indo de ventos!!!!
que caos é esse que se aproxima?!!!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

por a caos...

Hj foram apresentadas as primeiras performances do exercício proposto do processo ' POR A CAOS" depois de um trabalho acolhedor que o treinamento de vida que a patricia almeida nos proporciona com seu respirar yoga... a tranquilidade que faz com que os cincos loucoa desse tarô processem , discutam ,debatam , opinem, critique , tirem sarro,ou simplesmente escute!!!! todos falam muito, tem sempre uma opinião !! pôlemicas!!! diversas ou adversas!!! todos falam muito a té a fita não dá, o tempo não dá!!!! e são muitas as ideias!!! grandes!!! simples! confusas! embrionária! redunda!muitas !
eles são loucos e estão todos reunidos num só lugar, hoje foram apresentadas as propostas de três dos cinco cavaleiros do Apocalipse, marat foi o primeiro e fala do indagar da felicidade!!! vc é feliz ? por quê?!! profético e ao mesmo tempo investigativo,creio que ele vá buscar essa bifurcação no passado das pessoas.. em que momento da minha vida isso fez mudar meu rumo!!!quando decido pelo teatro foi um na minha!
a roda da fortuna!!! a sorte da vida !!! o quanto é preciso pra mudar sua vida !!! todo mundo quer mudar sua vida pra melhor financeiramente dizendo... pense o que é ganhar na sena? o quanto sua vida mudaria?!! ou não aquém diga que não mudaria se por acaso um dia ser tonar um reles milionário.. os objectivos podem ser outros!!!aninha vêm brincar com as sorte dos outros afinal a roleta é dela.
do surgimento de um novo oráculo, o comtemporâneo "Google!!!seu personal oráculo!!1
Pedro mistura tudo como o próprio e todo bom olraculo deva ser. e vêm abençoado por oxosse meu pai!!!eu sei que uma informação pode ser primordial, mas até que ponto isso bifurca?afinal cada um é cada um.
já eram 12 :16 quando chegou vez da paty. Não deu, ficou pra terça que vêm!
Sandra e patrícia apresentaram suas loucuras a nós no próximo encontro estér já estará entre nós quem sabe mardock novamente estará de olho fino e textos pertinentes para estigar ainda mais o jogo!!!
respira foi a minha palavra do dia observar foi o tom...

terça-feira, 25 de maio de 2010

ESTOU NO CAOS!!!

Eu sinto que meu ano começou aqui , no meio de uma bifurcação, me sinto sem nada ... sem cor ...
não é verdade tenho tudo um processo ...
mais sinto falta do medo!!!
preciso temer...
onde o tempo não existe é só falta...
falta o tempo...
preciso pintar .. preciso criar ...
coragens
vontades
preciso produzir,
estou por a caos!

novidade!!!!

Estou abrindo meu diário ...
meu diário de ...
de bordo... meu processo...minha vida!!!!?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Peça Coração



Um- Posso pôr meu coração a seus pés.

Dois- Se não sujar meu chão.

Um- Meu coração é limpo.

Dois- É o que veremos.

Um- Eu não consigo tirar.

Dois- Você quer que eu ajude?

Um- Se não incomodar.

Dois- É um prazer para mim. Eu também não consigo tirar.

Um- (Chora)

Dois- Vou operar e tirar para você. Para quê que eu tenho um canivete. Vamos dar um jeito já. Trabalhar e não desesperar. Pronto – aqui está. Mas isto é um tijolo. Seu coração é um tijolo.

Um- Mas ele bate por você.

(Heiner Müller, tradução de Marcos Renaux, in Hamletmachine)

OBÀ


Dia: Quarta-feira
Cores: Marron raiado, Vermelho e Amarelo
Símbolos: Ofange (espada) e Escudo de Cobre, Ofá (arco e flecha)
Elementos: Fogo e Águas Revoltas
Domínios: Amor e Sucesso Profissional
Saudação: Obà Siré!

Obá é um Orixá ligado à água, guerreira e pouco feminina. As uas roupas são vermelhas e brancas, usa um escudo, uma espada e uma coroa de cobre. Usa também um pano na cabeça para esconder a orelha cortada.
0 tipo psicológico dos filhos de OBA, constitui o estereotipo da mulher de forte temperamento, terrivelmente possessiva e carente. Ao contrário de IANSÃ, é mulher de um homem só, fiel e sofrida. São combativas, impetuosas e vingativas.
Obá é um ORIXÁ que raramente se manifesta e há pouco estudo sobre ela.
Obá é a mulher consciente do seu poder, que luta e reivindica os seus direitos, que enfrenta qualquer homem – menos aquele que tomar o seu coração. Ela abraça qualquer causa, mas rende-se a uma paixão. Obá é a mulher que se anula quando ama.

Obá nasceu do ventre rasgado de Iemanjá após o incesto de Orugan. Em toda a África Obá era cultuada como a grande deusa protectora do poder feminino, por isso também é saudada como Iyá Agbá, e mantém estreitas relações com as Iya Mi. Era uma mulher forte, que comandava as demais e desafiava o poder masculino.
Obá lutou contra todos os Orixás, venceu a batalha contra Oxalá, derrotou Xangô e Orunmilá, e tornou-se temida por todos os deuses.
Embora Obá se tenha transformado num rio, é uma deusa relacionada ao fogo.

Obá é saudada como o Orixá do ciúme, mas não se pode esquecer que o ciúme é o corolário inevitável do amor, portanto, Obá é um Orixá do amor, das paixões, com todos os dissabores e sofrimentos que o sentimento pode acarretar. Obá tem ciúme porque ama.

O lado esquerdo (Osì) sempre esteve relacionado à mulher e, por uma razão muito elementar, é o lado do coração. Quando Obá é saudada como guardiã da esquerda, isso quer dizer que é a guardiã de todas as mulheres, aquela que compreende os sentimentos do coração, pois Obá pensa com o coração.

Como pode uma deusa ligada a esses sentimentos, dedicar-se à guerra? Toda a energia das suas paixões frustradas é canalizada por ela para a guerra, tornando-se a guerreira mais valente, que nenhum homem ousa enfrentar. Obá supera a angústia de viver sem ser amada.
Obá troca um palácio por uma cabana, troca todas as riquezas do mundo por uma frase: “Eu te amo”.

Características dos filhos de Obá

Os filhos de Obá não tem muito jeito para se comunicar com as pessoas, chegam a ser duros e inflexíveis. Têm dificuldade em ser gentis e estabelecer um canal de comunicação afectiva com os outros; às vezes são brutos e rudes afastando as pessoas. Isso deve-se ao fato de os filhos de Obá, na maioria das vezes, sofrerem um certo complexo de inferioridade achando que as pessoas que se aproximam querem tirar partido de alguma coisa. De facto, isso tende a acontecer com os filhos de Obá.

A sua sinceridade chega a ferir; expressam as suas opiniões, fazem críticas e acabam por magoar as pessoas, pois não se preocupam em ser agradáveis. Mas essa agressividade é puramente defensiva.
São bons companheiros e amigos fiéis, são ciumentos e possessivos no amor, por isso não têm muita sorte. Quando apaixonados, nunca são senhores da relação, cedem em tudo, abdicam de todas as suas convicções.

Infelizes no amor, investem todas as suas cartas nas suas carreiras e, de entre as mulheres que se destacam profissionalmente numa sociedade machista, podem-se encontrar muitas filhas de Obá. Muitas vezes despertam a inveja dos seus inimigos e podem sofrer algumas emboscadas, por isso devem vencer a tendência que possuem para a ingenuidade.

Segredos

Herivelto Martins
Composição: (Herivelto Martins e Marino Pinto)

Teu mal é comentar o passado
Ninguém precisa saber o que houve entre nós dois
O peixe é pro fundo das redes, segredo é pra quatro paredes
Não deixe que males pequeninos

Venham transformar os nossos destinos
O peixe é pro fundo das redes
Segredo é pra quatro paredes
Primeiro é preciso julgar
Pra depois condenar

Quando o infortúnio nos bate à porta
O amor nos foge pela janela
A felicidade para nós está morta
E não se pode viver sem ela
Para o nosso mal não há remédio coração
Ninguém tem culpa de nossa desunião

Florbela Espanca

Seu pai, João Maria Espanca era casado com Maria Toscano. Como a mesma não pôde dar filhos ao marido, João Maria se valeu de uma antiga regra medieval, que diz que quando de um casamento não houver filhos, o marido tem o direito de ter os mesmos com outra mulher de sua escolha. Assim, no dia 8 de dezembro de 1894 nasce Flor Bela Lobo, filha de Antónia da Conceição Lobo. João Maria ainda teve mais um filho com Antónia, Apeles. Mais tarde, Antónia abandona João Maria e os filhos passam a conviver com o pai e sua esposa, que os adotam.
Florbela entra para o curso primário em 1899, passando a assinar Flor d’Alma da Conceição Espanca. O pai de Florbela foi em 1900 um dos introdutores do cinematógrafo em Portugal. A mesma paixão pela fotografia o levará a abrir um estúdio em Évora, despertando na filha a mesma paixão e tomando-a como modelo favorita, razão pela qual a iconografia de Florbela, principalmente feita pelo pai, é bastante extensa.
Em 1903, aos sete anos, faz seu primeiro poema, A Vida e a Morte. Desde o início é muito clara sua precocidade e preferência a temas mais escusos e melancólicos.
Em 1908 Antônia Conceição, mãe de Florbela, falece. Florbela então ingressa no Liceu de Évora, onde permanece até 1912, fazendo com que a família se desloque para essa cidade. Foi uma das primeiras mulheres a ingressar no curso secundário, fato que não era visto com bons olhos pela sociedade e pelos professores do Liceu. No ano seguinte casa-se no dia de seus 19 anos com Alberto Moutinho, colega de estudos.
O casal mora em Redondo até 1915, quando regressa à Évora devido a dificuldades financeiras. Eles passam a morar na casa de João Maria Espanca. Sob o olhar complacente de Florbela ele convive abertamente com uma empregada, divorciando-se da esposa em 1921 para casar-se com Henriqueta de Almeida, a então empregada.
Voltando a Redondo em 1916, Florbela reúne uma seleção de sua produção poética de 1915 e inaugura o projeto Trocando Olhares, coletânea de 88 poemas e três contos. O caderno que deu origem ao projeto encontra-se na Biblioteca Nacional de Lisboa, contendo uma profusão de poemas, rabiscos e anotações que seriam mais tarde ponto de partida para duas antologias, onde os poemas já devidamente esclarecidos e emendados comporão o Livro de Mágoas e o Livro de Soror Saudade.
Regressando a Évora em 1917 a poetisa completa o 11º ano do Curso Complementar de Letras, e logo após ingressa na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Após um aborto involuntário, se muda para Quelfes, onde apresenta os primeiros sinais sérios de neurose. Seu casamento se desfaz pouco depois.
Em junho de 1919 sai o Livro de Mágoas, que apesar da poetisa não ser tão famosa faz bastante sucesso, esgotando-se rapidamente. No mesmo ano passa a viver com Antônio Guimarães, casando-se com ele em 1921. Logo depois Florbela passa a trabalhar em um novo projeto que a princípio se chamaria Livro do Nosso Amor ou Claustro de Quimeras. Por fim, torna-se o Livro de Soror Saudade, publicado em janeiro de 1923.
Após mais um aborto separa-se pela segunda vez, o que faz com que sua família deixe de falar com ela. Essa situação a abalou muito. O ex-marido abriu mais tarde em Lisboa uma agência, “Recortes”, que enviava para os respectivos autores qualquer nota ou artigo sobre ele. O espólio pessoal de Antônio Guimarães reúne o mais abundante material que foi publicado sobre Florbela, desde 1945 até 1981, ano do falecimento do ex-marido. Ao todo são 133 recortes.
Em 1925 Florbela casa-se com Mário Lage no civil e no religioso e passa a morar com ele, inicialmente em Esmoriz e depois na casa dos pais de Lage em Matosinhos, no Porto.
Passa a colaborar no D. Nuno em Vila Viçosa, no ano de 1927, com os poemas que comporão o Charneca em Flor. Em carta ao diretor do D. Nuno fala da conclusão de Charneca em Flor, e fala também da preparação de um livro de contos, provavelmente O Dominó Preto.
No mesmo ano Apeles, irmão de Florbela, falece em um trágico acidente, fato esse que abalou demais a poetisa. Ela aferra-se à produção de As Máscaras do Destino, dedicando ao irmão. Mas então Florbela nunca mais será a mesma, sua doença se agrava bastante após o ocorrido.
Começa a escrever seu Diário de Último Ano em 1930. Passa a colaborar nas revistas Portugal Feminino e Civilização, trava também conhecimento com Guido Batelli, que se oferece para publicar Charneca em Flor. Florbela então revê em Matosinhos as provas do livro, depois de tentar o suicídio, período em que a neurose se agrava e é diagnosticado um edema pulmonar.
Em dois de dezembro de 1930, Florbela encerra seu Diário do Último Ano com a seguinte frase: “… e não haver gestos novos nem palavras novas.” Às duas horas do dia 8 de dezembro – no dia do seu aniversário Florbela D’Alma da Conceição Espanca suicida-se em Matosinhos, ingerindo dois frascos de Veronal. Algumas décadas depois seus restos mortais são transportados para Vila Viçosa, “… a terra alentejana a que entranhadamente quero”.
FONTES:
http://www.instituto-camoes.pt/cvc/projtelecolab/tintalusa/
numerodois/tl3.html
http://purl.pt/272/2/index.html
http://www.torre.xrs.net/
Coleção “A Obra Prima de Cada Autor” – Editora Martin Claret

terça-feira, 13 de abril de 2010

A Rainha do Mar...


Yemanja...

A majestade dos mares. Senhora dos oceanos, sereia sagrada, Iemanjá é a Rainha das águas salgadas, considerada como mãe de todos Orixás, regente absoluta dos lares, protetora da família. Chamada também como a Deusa das Pérolas, Iemanjá é aquela que apara a cabeça dos bebês no momento do nascimento
.
Essa força da natureza também tem um papel muito importante em nossas vidas, pois é ela que vai reger nossos lares, nossas casas. É Iemanjá que vai dar o sentido de “família” a um grupo de pessoas que vivem debaixo de um mesmo teto. Ela é a geradora e personalidade ao grupo formado por pai, mãe e filhos, transformando-os num grupo coeso.
Iemanjá é o sentindo de educação que damos aos nossos filhos, os mesmos que recebemos de nossos pais, que aprenderam com nossos avós. Ela, Iemanjá, rege até o castigo, as sanções que aplicamos aos filhos. É o sentido básico, é a base da formação de uma família, aquela que vai gerar o amor do pai pelo filho, da mãe pelo filho, dos filhos pelos pais, transformando tais sentimentos num só, poderoso, imbatível, que se perpetuará.
Iemanjá é a família! Rege as reuniões de família, os aniversários, as festas de casamento, as comemorações que se fazem dentro da família. É o sentido da união, seja ligado, por laços consangüíneos, ou não.
Dentro do culto, numa casa de santo, Iemanjá também atua organizando e dando sentindo ao grupo, à comunidade ali reunida e transformando essa convivência num ato familiar; criando raízes e dependências; proporcionando o sentimento de irmão pra irmão em pessoas que há bem pouco tempo não se conheciam; proporcionando também o sentimento de pai para filho, ou de mãe para filho e vice-versa, nos casos do relacionamento do Babalorixás, ou Ialorixás como os Omo Orixás (filhos de Santo).
Iemanjá também está presente nas decisões, nos momentos de angústia e preocupação pelo ente querido, pois seus sentimentos geram os nossos, A necessidade de saber se aqueles que amamos estão bem, a dor pela preocupação, é uma regência de Iemanjá, que não vai deixar morrer dentro de nós o sentido de amor de amor ao próximo, principalmente em se tratando de um filho, filha, pai, mãe, outro parente, ou amigo muito querido. E estendemos isso, também, às comunidades da Religião.
Iemanjá é a preocupação e o desejo de ver aquilo que amamos a salvo, sem problemas. É a manutenção da harmonia do lar.
Está presente também no nascimento, pois é ela quem vai aparar a cabeça do bebê, exatamente no momento do seu nascimento. Se Exu fecunda e Oxum cuida da gestação, é Iemanjá quem vai receber aquela nova vida no mundo e entregá-la ao seu regente, que inclusive pode ser até ela mesma. Isto tem uma importância muito grande, no sentido e na visão da Cultura Africana, sobre a fecundação e concepção da vida humana. Iemanjá é a senhora dos lares, pois, desde o nascimento, ou a partir do nascimento, ela cuidará da família.
Daí o titulo de Iyá (mãe), melhor, Iyá – Ori (mãe da cabeça) e plasmadora de todas as cabeças; aquela que gera o Ori, que dá o sentido da vida e nos permite pensar, raciocinar, viver normalmente como seres pensantes e inteligentes.
Iemanjá está presente nos mares e oceanos. É a Senhora das águas salgadas e será ela que proporcionará boa pesca nos mares, regendo os seres aquáticos e provendo o alimento vindo de seu reino. Iemanjá é a onda do mar, o maremoto, a praia em ressaca, a marola, É ela quem controla as marés, é ela quem protege a vida no mar.

Mitologia

Filha de Olokun, Iemanjá nasceu nas águas. Teve três filhos: Ogum, Oxossi e Exu.
Conta a lenda que Ogum, o guerreiro, filho mais velho, partiu para as suas conquistas; Oxossi, que se encantara pela floresta, fez dela a sua morada e lá permaneceu, caçando; e Exu, o filho problemático, saiu pela mundo.
Sozinha Iemanjá vivia, mas sabia que seus filhos seguiam seus destino e que não podia interferir na vida deles, já que os três eram adultos.
Comentava consigo mesma:
- Ogum nasceu para conquistar. É bravo, corajoso, impetuoso. Jamais poderia viver num lugar só. Ele nasceu para conhecer estradas, conquistar terras, nasceu para ser livre. Exu, que tantos problemas já me deu, nasceu para conhecer o mundo e dos três é o mais inconstante, sempre preparado surpresas; imprevisível, astuto, capaz de fazer o impossível, também nasceu para conhecer o mundo. Oxossi, meu querido caçula, bem que tentei prendê-lo a mim, mas no fundo sabia que teria seu destino. Ele é alegre, ativo, inquieto. Gosta de ver coisas belas, de admirar o que é bonito e é um grande caçador. Nasceu para conhecer o mundo também e não poderia segurá-lo...
Iemanjá estava perdida em seus pensamentos quando viu que, ao longe, alguém se aproximava. Firmou a vista e identificou-o: era Exu, seu filho, que retornara depois de tanto tempo ausente. Já perto de seu mãe, Exu saudou-a e comentou:
- Mãe, andei pelo mundo mas não encontrei beleza igual à sua. Na conheci ninguém que se comparasse a você!
- O que está dizendo, filho? Eu não entendo!
- O que quero dizer é que você é a única mulher que me encanta e que voltei para lhe possuir, pois é a única coisa que me falta fazer neste mundo!
E sem ouvir a resposta de sua mãe, Exu tomou-lhe à força, tentando violentá-la. Uma grande luta se deu, pois Iemanjá não poderia admitir jamais aquilo que estava acontecendo. Bravamente, resistiu às investidas do filho que, na luta, dilacerou os seis da mãe. Enlouquecido e arrependido pelo que fez, Exu “caiu no mundo”, sumindo no horizonte.
Caída ao chão, Iemanjá entre a dor, a vergonha, a tristeza e a pena que teve pela atitude do filho, pediu socorro ao pai Olokun e ao Criador, Olorun. E, dos seus seios dilacerados, a água, salgada como a lágrima, foi saindo, dando origem aos mares.
Exu, pela atitude má, foi banido para sempre da mesa dos Orixás, tendo como incumbência eterna ser o guardião, não podendo juntar-se aos outros, na corte.
Iemanjá que, deste modo, deu origem ao mar, procurou entender a atitude do filho, pois ela é a mãe verdadeira e considerada a mãe não só de Ogum, Exu e Oxossi, mas de todo o panteão dos Orixás.


Dados


Dia: sábado;
Data: 2 de fevereiro;
Metal: prata e prateados;
Cor: branco transparente;
Partes do corpo: cabeça (inconsciente e equilibro mental), cérebro (comanda o corpo);
Comida: epo de milho branco, manjar branco com leite de coco e açúcar, acaçá, peixe de água salgada, bolo de arroz, mamão.
Arquétipo: voluntariosos, fortes, rigorosos, protetores, altivos e algumas vezes, impetuosos e arrogantes. Têm sentido de hierarquia, fazem-se respeitar, são justos e formais. Põem à prova as amizades que lhe são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se perdoam, não esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérios. Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Tem tendência a vida suntuosa, mesmo se as possibilidades não lhes permitem tal falso.
Símbolo: abebê branco.

OSCAR WILDE!!



Criado numa família protestante, estudou na Portora Royal School de Enniskillen e no Trinity College de Dublin, onde sobressaiu como latinista e helenista. Ganhou depois uma bolsa de estudos para o Magdalene College de Oxford.

Wilde saiu de Oxford em 1878. Um pouco antes havia ganhado o prêmio "Newdigate" com o poema "Ravenna".

Passou a morar em Londres e começou a ter uma vida social bastante agitada, sendo logo caracterizado pelas atitudes extravagantes.

Foi convidado para ir aos Estados Unidos a fim de dar uma série de palestras sobre o movimento estético por ele fundado, o esteticismo, ou dandismo, que defendia, a partir de fundamentos históricos, o belo como antídoto para os horrores da sociedade industrial, sendo ele mesmo um dandi.

Em 1883, vai para Paris e entra para o mundo literário local, o que o leva a abandonar seu movimento estético. Volta para a Inglaterra e casa-se com Constance Lloyd, filha de um rico advogado de Dublin, indo morar em Chelsea, um bairro de artistas londrinos. Com Constance teve dois filhos, Cyril, em 1885 e Vyvyan, em 1886. O melhor período intelectual de Oscar Wilde é o que vai de 1887 a 1895.

O sucesso

Em 1892, começa uma série de bem sucedidas comédias, hoje clássicos da dramaturgia britânica: O Leque de Lady Windernere (1892), Uma mulher sem importância (1893), Um marido ideal e A importância de ser fervoroso (ambas de 1895). Nesta última, o ar cômico começa pelo título ambíguo: Earnest, "fervoroso" em inglês, tem o mesmo som de Ernest, nome próprio

Publica contos como O Príncipe Feliz e O Rouxinol e a Rosa, que escrevera para os seus filhos, e O crime de Lord Artur Saville.

O seu único romance foi O retrato de Dorian Gray.

A situação financeira de Wilde começou a melhorar cada vez mais, e, com ela, conquista uma fama cada vez maior. O sucesso literário foi acompanhado de uma vida cada vez mais mundana. As atitudes tornaram-se cada vez mais excêntricas.


Os julgamentos e prisão

Em Maio de 1895, após três julgamentos, foi condenado a dois anos de prisão, com trabalhos forçados, por "cometer atos imorais com diversos rapazes".[1] Wilde escreveu uma denúncia contra um jovem chamado Bosie, publicada no livro De Profundis, acusando-o de tê-lo arruinado. Bosie era o apelido de Lorde Alfred Douglas, um dos homens de que se suspeitava que Wilde fosse amante. Foi o pai de Bosie, o Marquês de Queensberry, que levou Oscar Wilde ao tribunal. No terrível período da prisão, Wilde redigiu uma longa carta a Douglas.

A imaginação como fruto do amor é uma das armas que Wilde utiliza para conseguir sobreviver nas condições terríveis da prisão. Apesar das críticas severas a Douglas, ele ainda alimenta o amor dentro de si como estratégia de sobrevivência. A imaginação, a beleza e a arte estão presentes na obra de Wilde.

Após a condenação a vida mudou radicalmente e o talentoso escritor viu, no cárcere, serem consumidas a saúde e a reputação. No presídio, o autor de Salomé (1893) produziu, entre outros escritos, De Profundis, o clássico anarquista, A alma do homem sob o socialismo e a célebre Balada do cárcere de Reading.


Os últimos anos

Foi libertado em 19 de maio de 1897. Poucos amigos o esperavam na saída, entre eles o maior, Robert Ross.

Passou a morar em Paris e a usar o pseudônimo Sebastian Melmoth. As roupas tornaram-se mais simples, e o escritor morava em um lugar humilde, de apenas dois quartos. A produtividade literária é pequena.

O fato histórico de seu sucesso ter sido arruinado pelo Lord Alfred Douglas (Bosie) tornou-lhe ainda mais culto e filosófico, sempre defendendo o amor que não ousa dizer o nome, definição sobre a homossexualidade, como forma de mais perfeita afeição e amor.

Oscar Wilde morreu de um violento ataque de meningite (agravado pelo álcool e pela sífilis) às 9h50min do dia 30 de novembro de 1900.

Em seu leito de morte Oscar Wilde foi aceito pela Santa Igreja Católica Romana e Robert Ross, em sua carta para More Adey (datada de 14 de Dezembro de 1900), disse "Ele estava consciente de que havia pessoas presentes, e levantou sua mão quando pedi, mostrando entendimento. Ele apertou nossas mãos. Eu então fui enviado em busca de um padre, e depois de grande dificuldade encontrei o Padre Cuthbert Dunne, que foi comigo e administrou o Batismo e a Extrema Unção - Oscar não pode tomar a Eucaristia".

Wilde foi enterrado no Cemitério de Bagneux fora de Paris, porém mais tarde foi movido para o Cemitério de Père Lachaise em Paris. Sua tumba em Père Lachaise foi feita pelo escultor Sir Jacob Epstein, a requisição de Robert Ross, que também pediu um pequeno compartimento para seus próprios restos. Seus restos foram transferidos para a tumba em 1950.

TOLO E ARROGANTE...


- meu quarto esta uma bagunça
uma vergonha, não poderia revela-lo a ninguém
- tem medo de ser rejeitado por isso?!!!
- não , não é isso...
é somente vergonha pela minha preguiça.
- já deverias ter arrumado!
- minha consciência já é o suficiente!
- te falta razão!
- te falta controle!
- te falta prestar atenção ! não vê que estás na mão dupla?!!
que vai se abostar na primeira descida?!!
como és tolo...
e arrogante!!!
- com certeza teu golfo era mais limpo que o meu?!!
- hoje meu golfo é limpíssimo posso levar quem eu quiser!!!!

sábado, 27 de março de 2010

Santa Gilda do Brega...


Professora que começou a cantar nos atos da escola onde lecionava. Virou Gilda da cumbia ou da "movida tropical", o brega que curtem milhares de pessoas no Grande Buenos Aires e no interior da Argentina. Há dez anos, no topo da sua popularidade, morreu na estrada viajando entre um show e outro.
Os fãs construiram um santuário no local do acidente. Virou santa e dizem que faz milagres.
Em tempos de religiosidade pop e além do fetichismo, há uma certa beleza no encontro fraterno das pessoas ao redor do símbolo.
Gilda cantava:
"Amar é um milagre
e eu te amei"
Simples. Brega. Belo.

OXOSSI


¨Oxossi
Divindade da caça que vive nas florestas. Seus principais símbolos são o arco e flecha, chamado Ofá, e um rabo de boi chamado Eruexim. Em algumas lendas aparece como irmão de Ogum e de Exú.
Oxossi é o rei de Keto, filho de Oxalá e Yemanjá, ou, nos mitos, filho de Apaoka (jaqueira). É o Orixá da caça; foi um caçador de elefantes, animal associado à realeza e aos antepassados. Diz um mito que Oxossi encontrou Iansã na floresta, sob a forma de um grande elefante, que se transformou em mulher. Casa com ela, tem muitos filhos que são abandonados e criados por Oxum.
Oxossi vive na floresta, onde moram os espíritos e está relacionado com as árvores e os antepassados. As abelhas pertencem-lhe e representam os espíritos dos antepassados femininos. Relaciona-se com os animais, cujos gritos imita a perfeição, e caçador valente e ágil, generoso, propicia a caça e protege contra o ataque das feras. Um solitário solteirão, depois que foi abandonado por Iansã e também porque na qualidade de caçador, tem que se afastar das mulheres, pois são nefastas à caça.
Está estreitamente ligado a Ogum, de quem recebeu suas armas de caçador. Ossãe apaixonou-se pela beleza de Oxossi e prendeu-o na floresta. Ogum consegue penetrar na floresta, com suas armas de ferreiro e libertá-lo. Ele esta associado, ao frio, à noite, à lua; suas plantas são refrescantes.
Em algumas caracterizações, veste-se de azul-turquesa ou de azul e vermelho. Leva um elegante chapéu de abas largas enfeitados de penas de avestruz nas cores azul e branco. Leva dois chifres de touro na cintura, um arco, uma flecha de metal dourado. Sua dança sumula o gesto de atirar flechas para a direita e para a esquerda, o ritmo é "corrido" na qual ele imita o cavaleiro que persegue a caça, deslizando devagar, às vezes pula e gira sobre si mesmo. É uma das danças mais bonitas do Candomblé.
Orixá das matas, seu habitat é a mata fechada, rei da floresta e da caça, sendo caçador domina a fauna e a flora, gera progresso e riqueza ao homem, e a manutenção do sustento, garante a alimentação em abundância, o Orixá Oxossi está associado ao Orixá Ossaê, que é a divindade das folhas medicinais e ervas usadas nos rituais de Umbanda.
Irmão de Ogum, habitualmente associa-se à figura de um caçador, passando a seus filhos algumas das principais características necessárias a essa atividade ao ar livre: concentração, atenção, determinação para atingir os objetivos e uma boa dose de paciência.
Segundo as lendas, participou também de algumas lutas, mas não da mesma maneira marcante que Ogum.
No dia-a-dia, encontramos o deus da caça no almoço, no jantar, enfim em todas as refeições, pois é ele que provê o alimento. Rege a lavoura, a agricultura, permitindo bom plantio e boa colheita para todos.
Segundo Pierre verge o culto a Oxossi é bastante difundido no Brasil mas praticamente esquecido na África. A hipótese do pesquisador francês é que Oxossi foi cultuado basicamente no Keto, onde chegou a receber o título de rei. Essa nação, porém foi praticamente destruída no século XIX pelas tropas do então rei do Daomé. Os filhos consagrados a Oxossi foram vendidos como escravos no Brasil, Antilhas e Cuba. Já no Brasil, o Orixá tem grande prestígio e força popular, além de um grande número de filhos.
O mito do caçador explica sua rápida aceitação no Brasil, pois identifica-se com diversos conceitos dos índios brasileiros sobre a mata ser região tipicamente povoada por espíritos de mortos, conceitos igualmente arraigados na Umbanda popular e nos Candomblés de Caboclo, um sincretismo entre os ritos africanos e os dos índios brasileiros, comuns no Norte do País.
Talvez seja por isso que, mesmo em cultos um pouco mais próximos dos ritos tradicionalistas africanos, alguns filhos de Oxossi o identifiquem não com um negro, como manda a tradição, mas com um Índio.
Oxossi é o que basta a si mesmo. A ele estiveram ligados alguns Orixás femininos, mas o maior destaque é para Oxum, com quem teria mantido um relacionamento instável, bem identificado no plano sexual, coisa importante tanto para a mãe da água doce como para o caçador, mas difícil no cotidiano, já que enquanto ela representa o luxo e a ostentação, ele é a austeridade e o despojamento.
Características
Cor Verde (No Candomblé: Azul Celeste Claro)
Fio de Contas Verde Leitosas (Azul Turquesa, Azul Claro)
Ervas Alecrim, Guiné, Vence Demanda, Abre Caminho, Peregum (verde), Taioba, Espinheira Santa, Jurema, Jureminha, Mangueira, Desata Nó. (Erva de Oxossi, Erva da Jurema, Alfavaca, Caiçara, Eucalipto)
Símbolo Ofá (arco e flecha).
Pontos da Natureza Matas
Flores Flores do campo
Essências Alecrim
Pedras Esmeralda, Amazonita. (Turquesa, Quartzo Verde, Calcita Verde)
Metal Bronze (Latão)
Saúde Aparelho Respiratório
Planeta Vênus
Dia da Semana Quinta-feira
Elemento Terra
Chakra Esplênico
Saudação Okê Arô (Odé Kokê Maior)
Bebida Vinho tinto (água de coco, caldo de cana, aluá)
Animais Tatu, Veado, Javali. (qualquer tipo de caça)
Comidas Axoxô – milho com fatias de coco, Frutas.(Carne de caça, Taioba, Ewa - feijão fradinho torrado na panela de barro, papa de coco e frutas.)
Numero 6
Data Comemorativa 20 janeiro
Sincretismo: S. Sebastião.
Incompatibilidades: Mel, Cabeça de bicho (nos sacrifícios e alimentos), Ovo
Qualidades: Êboalama, Orè, Inlé ou Erinlè, Fayemi, Ondun, Asunara, Apala, Agbandada, Owala, Kusi, Ibuanun, Olumeye, Akanbi, Alapade, Mutalambo

Atribuições

Oxossi é o caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso.

Um Mestre...


Raimundo Nonato Silva, o Mestre Nato, é um artista autodidata. Em seu pequeno ateliê no bairro do Guamá, ele costura, borda, cria e experimenta, utilizando materiais de baixo custo. Uma das marcas registradas de seu trabalho são os estandartes multicoloridos que trazem pequenas narrativas. Os primeiros foram produzidos sob encomenda para o Arraial do Pavulagem; depois, para os blocos de rua do Guamá e de Mosqueiro. Premiado no Salão Arte Pará em 1996, Mestre Nato ficou conhecido pelas obras tridimensionais em madeira com revestimento de tecido.

É do cotidiano aparentemente simples que surge a inspiração para o artista. Um exemplo disso são os estandartes produzidos para os coletivos urbanos, projeto já premiado pelo IAP. "Eu via que os motoristas colocavam aquelas cortinas horríveis, feias. Eu comecei a pensar que poderia fazer umas cortinas contando lendas amazônicas, aí eu venderia pra eles, baratinho, pra que botassem uma coisa bonita, colorida, no ônibus", explica o artista. Durante a produção das cortinas, Mestre Nato chamou os motoristas para o seu ateliê, para mostrar seu trabalho a eles. Em outra ocasião, o artista produziu todo o figurino de um espetáculo utilizando folhas que caem da castanhola em frente ao seu ateliê.

Mestre Nato diz que está sempre em processo de criação. "Tenho um depósito em cima do meu ateliê, na minha casa, que eu chamo de depósito de embrião. É uma bagunça. Tudo que eu vou fazendo, vou jogando lá. Tem revistas desde a década de 70. Penso numa coisa e vou lá, porque eu sei que tem".

segunda-feira, 1 de março de 2010

corselete...




Espartilho ou Corselete é uma peça do vestuário feminino que dispõe de barbatanas metálicas e amarração nas costas. Essa peça tem como objetivo reduzir a cintura e manter o tronco ereto, controlando as formas naturais do corpo e conferindo a ele mais elegância.
O Espartilho ou Corset surgiu por volta do século XVI, e tinha como objetivo manter a postura e dar suporte aos seios. Somente por volta do século XIX graças a invenção dos ilhóses e o uso de barbatanas de baleia que a atenção foi voltada para a cintura e teve início a era das cinturas minúsculas, conhecida como era Vitoriana. A peça caiu em desuso no início do século XX quando foi inventado o sutiã. No início dos anos 80 alguns estilistas trouxeram de volta à moda peças que antes tinham sido relegadas ao fetiche e dentre elas estava o Espartilho. Esse revival não durou muito, em 1990 apenas poucos espartilhos apareciam em coleções de estilistas famosos.
Do século XVI para cá os espartilhos mudaram bastante. No início eram feitos com tecidos pesadamente engomados, hoje usados em tapeçaria e reforçados com junco e cordas engomadas. Atualmente temos peças muito mais leves, feitas com barbatanas ortopédicas.

Existem vários tipos de espartilhos para todos os gostos, seja para usar debaixo de alguma roupa, seja para usá-lo sozinho apenas. Também pode ser usado como um apelo sexual

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

frida...


Frida
Filha do fotógrafo judeu-alemão Guillermo Kahlo e de Matilde Calderón e Gonzalez, uma mestiça mexicana. Em 1913, com seis anos, Frida contrai poliomielite, sendo esta a primeira de uma série de doenças, acidentes, lesões e operações que sofre ao longo de sua vida. A poliomielite deixa uma lesão no seu pé direito e, graças a isso, ganha o apelido Frida pata de palo (ou seja, Frida perna de pau). A partir disso ela começou a usar calças e depois, longas e exóticas saias, que vieram a ser uma de suas marcas pessoais. Ao contrário de muitos artistas, Kahlo não começou a pintar cedo. Embora o seu pai tivesse a pintura como um passatempo, Frida não estava particularmente interessada na arte como uma carreira. Entre 1922 e 1925 frequenta a Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México e assiste a aulas de desenho e modelagem.
Em 1925, aos 18 anos aprende a técnica da gravura com Fernando Fernandez. Porém sofreu um grave acidente. Um ônibus no qual viajava chocou-se com um trem, acidente que fez a artista ter de usar vários coletes ortopédicos de materiais diferentes, chegando inclusive a pintar alguns deles (por exemplo o colete de gesso na tela intitulada "A Coluna Partida"). Por causa desta última tragédia fez várias cirurgias e ficou muito tempo acamada. Durante a sua longa convalescência começou a pintar com uma caixa de tintas que pertenciam ao seu pai, e com um cavalete adaptado à cama.
Em 1928 quando Frida Kahlo entra no Partido comunista mexicano, ela conhece o muralista Diego Rivera, com quem se casa no ano seguinte. Sob a influência da obra do marido, adotou o emprego de zonas de cor amplas e simples num estilo propositadamente reconhecido como ingênuo. Procurou na sua arte afirmar a identidade nacional mexicana, por isso adotava com muita freqüencia temas do folclore e da arte popular do México.
Entre 1930 e 1933 passa a maior parte do tempo em Nova Iorque e Detroit com Rivera. Entre 1937 e 1939 Leon Trotski vive em sua casa de Coyoacan. Em 1938 André Breton qualifica sua obra de surrealista em um ensaio que escreve para a exposição de Kahlo na galeria Julien Levy de Nova Iorque. Não obstante, ela mesma declara mais tarde: "pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade".
Em 1939 expõe em Paris na galeria Renón et Colle. A partir de 1943 dá aulas na escola La Esmeralda, no D.F. (México).
Em 1953 a Galeria de Arte Contemporânea desta mesma cidade organiza uma importante exposição em sua honra.
Alguns de seus primeiros trabalhos incluem o "Auto-retrato em um vestido de veludo" (1926), "retrato de Miguel N. Lira" (1927), "retrato de Alicia Galant" (1927) e "retrato de minha irmã Christina" (1928)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Pop Andy


Registrado como Andrew Warhola, era filho de pais originários da Eslováquia que migraram para os Estados Unidos durante a Primeira Grande Guerra para seu pai evitar ser recrutado pelo exército austro-húngaro.
Aos 17 anos, em 1945, entrou no Instituto de Tecnologia de Carnegie, em Pittsburgh, hoje Universidade Carnegie Mellon e se graduou em design.
Logo após mudou para Nova York e começou a trabalhar como ilustrador de importantes revistas, como Vogue, Harper's Bazaar e The New Yorker, além de fazer anúncios publicitários e displays para vitrines de lojas. Começa aí uma carreira de sucesso como artista gráfico ganhando diversos prêmios como diretor de arte do Art Director's Club e do The American Institute of Graphic Arts. Warhol
Fez a sua primeira mostra individual em 1952, na Hugo Galley onde exibe quinze desenhos baseados na obra de Truman Capote. Esta série de trabalhos é mostrada em diversos lugares durante os anos 50, incluindo o MOMA, Museu de Arte Moderna, em 1956. Passa a assinar Warhol.
O anos 1960 marcam uma guinada na sua carreira de artista plástico e passa a se utilizar dos motivos e conceitos da publicidade em suas obras, com o uso de cores fortes e brilhantes e tintas acrílicas. Reinventa a pop art com a reprodução mecânica e seus múltiplos serigráficos são temas do cotidiano e artigos de consumo, como as reproduções das latas de sopas Campbell e a garrafa de Coca-Cola, além de rostos de figuras conhecidas como Marilyn Monroe, Liz Taylor, Elvis Presley, Che Guevara e símbolos icônicos da história da arte, como Mona Lisa. Estes temas eram reproduzidos serialmente com variações de cores.
Além das serigrafias Warhol também se utilizava de outras técnicas, como a colagem e o uso de materiais descartáveis, não usuais em obras de arte.
Em 1968, Valerie Solanis, fundadora e única membro da SCUM (Society for Cutting Up Men - Sociedade para castrar homens) invade o estúdio de Warhol e o fere com três tiros, mas o ataque não é fatal e Warhol se recupera, depois de se submeter a uma cirurgia que durou cinco horas. Este fato é tema do filme "I shot Andy Warhol" (Eu atirei em Andy Warhol), dirigido por Mary Harron, em 1996.
Em 1987 ele foi operado à vesícula biliar. A operação correu bem mas Andy Warhol morreu no dia seguinte. Ele era célebre há 35 anos. De facto, a sua conhecida frase: In the future everyone will be famous for fifteen minutes (No futuro, toda a gente será célebre durante quinze minutos), só se aplicará no futuro, quando a produção cultural for totalmente massificada e em que a arte será distribuída por meios de produção de massa.

Pasto dos despachos

Era uma vez uma manhã com sol brilhante de inverno, dois burros resolveram sair às compras, se divertiram muito com todo o mecanismo ardente e fervente e frenético do funcionamento da cidade, compraram uma TV, um computador, um maço de 40 kg de capim, um maço de cigarro, um radinho à pilha-que marcava a hora- um mp4 e roupas para o inverno que acabara de chegar(e estacionar-se pela eternidade).Cansados de andar, com fome, resolveram parar e comer alguma coisa, entraram num café, pediram bolo e chocolate quente, conversas, mais conversas, risos e risos pensam em pedir uma cerveja, e depois outras, e muitas outras,,,até que, lá pelas 11 da noite resolveram ir embora para casa, pegaram o ultimo ônibus. chegando em casa.
O burrinho marrom todo alegre com os efeitos alucinógenos da cidade e os efeitos riso-ativos da cerveja, resolve tirar o burrão amarelo para uma dança, tentaram ! mas não sabiam como é que tocava-se em coisas reais, em sentimentos, em movimentos. Preocupados,pois já não era a primeira vez do ocorrido, trataram de ligara para o disk denúncia, tentaram registrar uma queixa do porque o governo estadual não ensinar as burros a dançar, a tocar nos sentimentos, movimentos...(e tantos outros pontos que não são só infinito de 3]três[ ) Porém o burro do atendente disse: senhor, essa informação não podemos lhes fornecer. Indignados com a resposta, o casal de burrinhos (meus amigos) começou a chorar; após observar o trabalho circulatório do relógio embutido no radinho novo, vendo que o tempo sem voz não fazia nada e ficar ali desmaterializando-se, soltando pêlos e lágrimas não adiantaria muita coisa, eles resolvem tentar mais vezes o ato da dança.E não conseguiam, não conseguiam nem tocar nas patas um do outro, era complicado, eles queriam ser livres na dança assim como os astronautas são livres do chão, eles queriam se tocar, mas eram tais como desconhecidos,feito sol e lua, sabe? Os olhares fugiam.Bifurcados. exaustos, como todos os burros, o cansaço vence e eles dormiram.
Inconformados.
Passaram dias e dias ligando pro disk denuncia e enquanto esperavam o atendimento, amplificavam o som que circulava dentro do aparelho telefônico e tentavam, em vão tentavam, insistentemente tentavam.
Tentavam encontrar o toque
]a liberdade[
Um certo dia o burrinho marrom resolveu ir até a sede do governo estadual-PASTO DOS DESPACHOS. Chegando lá, ele tenta falar com a governadora, mas é impedido por burros treinados em academias para a ignorância,e desmaterialização do direito de ir r vir. É, lá eles malham a ignorância, cada vez mais braçuda ela está, treinam o atropelamento do interesses individuais e enforcam as cores. Impedido pelos burros seguranças, ele resolve esperar a governadora sair do Pasto dos despachos, 4hrs depois de ter sentado na calçada fria, a governadora saí, ele saltando voraz ainda consegue uma fala antes dela começar a puxar sua carroça:
aonde estamos? aonde estamos que eu não consigo falar com a senhora, burra governadora? Aonde estamos? Que lugar é esse onde há cavalos ao invés de pássaros? Aonde estamos, os anjos andam colados no negro asfalto e na solidão da vielas onde o cuidado, o bem querer nem se quer querem saber onde ficam? Ou pior, que lugar é esse minha companheira de lida, onde os vidros antes de quebrarem com o pouso de mangas flutuantes fecham corações-olhos-e-mentes para um dos muitos recortes “aromático”-reais mais fedidos desse lugar? Mentes? Minto? Burra, não posso nem dançar, dançar! e olhar nos olhos do meu burrinho? aonde estamos que os sentimentos voam pra longe de nós? aonde está a segurança do sentimento maior, o amor? aonde está tudo? a minha TV está lá em casa, o ICMS baixo deu pra fazer um quarto de não dormir. a minha sala já não é mais de estar. burra! aonde os burrinhos da rua podem dançar? aonde eu não sou vigiado?
Descongela!
observação: ele foi preso e enjaulado, o burrão do delegado, que quer ser promovido a secretario de segurança enquadrou o burrinho marrom.
Quando o burrinho amarelo veio me visitar, ele trouxe um pedaço de nuvem,uma borboleta e um peixe, depois que eu acabei de contar tudinho o que eu havia feito, ele com seu jeito manso feito a nuvem que havia trago, veio nadando contra o ar que nos separava e pousou em meu colo, chorou, chorou, e sumiu.
Cá estou, preso.
Na jaula do esque-cimento
Concreto, e sem o amor que o ar
Rarefeito, levou.

UM POETA ROMÁRIO

Seis meses aqui

como eu queria te encontrar hoje nessa praça
tua boina encobrindo toda tua singelidade e alma de balão voador
ia fazer eu saber que tudo era verdade e hoje.
eu com certeza ia te ver encostado no vazio de uma pedra gigante,
com a mão ocupada segurando um flor invisível
com o ouvido ocupado pela musica do vento
e pronto pra abraçar-me com um sorriso sem graça
sem graça por causa do vento que passara e arrepiara seu coração.
ah, eu iria visitar o plano do passado, do que aconteceu.
como eu queria te encontrar hoje na republica
a grama verde ate se pintou de azul da noite,
o vento abraçou-me de saudade quando meus pés la pisaram
lá, ia ser representada uma peça sobre o amor.na verdade foi
a peça falava sobre o amor, mas ela estava sendo encenada em cima do amor.
[é, o sentimento]
seis meses aqui.
tá me vendo?
não, eu não to te vendo.
tá me vendo? eu to te veeendo.
tou, to, eu to te vendo.
tá me vendo?
olha, é teu, deixaste cair seis meses atrás.
o meu primeiro amor é hades

(este texto eu escrevi assim que vi pela primeira vez o seis meses aqui, achei demais linda, achava eu que deveria dizer mais sobre, sabe aquela vontade de comentários q se sente depois d algo, inesperado, belo,,, e eu estava com uma amigo morando em bh por seis meses e naquela noite, batia vento, e lembrei dele, e resolvi falar-lhe de outra maneira de como as coisas corriam, como a saudade e a cidade corria, e assim tentaria satisfazer a vontade de falar mais e mais daquele espetáculo)