sábado, 11 de dezembro de 2010

A verdadeira historia de Elzinha...



Era dia de Cosme e Damião, uma chuva muito forte que deixava a sexta triste e lavava toda sujeira deixada pela molecada atrás de bombons, mais já era tarda da noite, acho ate que de madrugada quando a Diva sentiu romper a bolsa, o que foi uma situação constrangedora, pois ela estava trabalhando, Divina ou Diva para alguns íntimos era mulher da vida e já estava na terceira barrigada e seria a penúltima, naquele momento não existe outra coisa a fazer a não ser mandar o cliente pra casa e chamar Dona Patrícia para fazer o parto.
Vó Patrícia como era chamada pelas meninas que andavam pela casa da Nega, era uma miudinha senhora nascida em Ponta de Pedras, mulher de ferro e mãe da própria Nega, dona do puteiro “BOITE DA NÊGA”, e foi exatamente neste estabelecimento que as 21:21 sob o signo de libra vinha ao mundo elzinha ou Francisco Otaviano silva.
Francisco foi criado pela avó pelo menos até os 09 anos, é claro que toda vez que ele precisou de um abrigo era pra casa da vó Maria a fuga ou o colo.Como Diva, pouco tempo tinha pra ficar com a cria, (ela era muito requisitada, a mais de todas) de forma que era pelo período da tarde, isso entre as 13 e 15 horas, que Divina vivia o momento de mãe, 2 horas pra ser mãe e 22 pra ser mulher, essa era a vida, mais as crianças não deram trabalho, eram uns anjos, sempre foi assim, apenas Cristiano, o filho mais velho, deu mais trabalho, claro, foi o primeiro e a Diva era inexperiente nesse critério feminino, mais rápido deu seu jeito, e assim foi com Micheline, e com Marcio Leandro, esse, o caçula, foi muito mais fácil, e olha que a dona Maria já tinha morrido.
Dona Maria nem parecia mãe de puta, uma santa, enfermeira de mão cheia, nunca estudou tinha o ensinamento da vida. Tratava da profissão da filha como se fosse uma coisa comum, brigava com a Nega o tempo todo, dizia que ela não cuidada direito da filha, toda quinta chegava no puteiro com duas caixas cheia de preservativos e distribuía pra todo mundo, sempre estava por perto, mais proibia o Francisco de olhar pra dentro do puteiro, deixava a criança entender a profissão da mãe sem entender ao certo do que se tratava. Dizia que ele deveria comer na hora certa, daí, decidir repetir ou não. Só que Francisco sempre foi curiosidade pura... No religioso sono da dona Maria na hora do jornal nacional, correu o quilométrico corredor rosa, sem fazer barulho naquele chão de tábua corrida e se escondeu no jardim de dentro da casa, que dava pra janela de um dos quartos, o azul com ventilador, e viu... Nunca mais esqueceu. Foi à primeira vez que Francisco viu qualquer coisa relacionada a sexo. A cena primeira sobre o que seria o sexo pra aquele moleque de oito anos, foi naquela noite. O coração na goela, suor frio, gritando por dentro sem poder gritar, nem correr, parado ali, escutando apenas o bater forte do coração, fitando detalhadamente aquela cena, única, histórica, era forte, brutal, escandaloso, extremamente hipnótico... Era sexo anal... E sua mãe era a protagonista da ação.

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